Preço vs Ticket Médio

Oi pessoal, sou novo aqui!

Antes de mais nada, parabéns aos idealizadores deste fórum... super útil!

Quero montar um delivery de esfihas. E o meu problema está na relação preço vs ticket médio.

Minha referência é o Habib's. Sou de brasília e aqui só tem eles. Fora uns restaurantes árabes (que tem outra pegada).

O preço do habib's é, para mim impraticável. Então vou trabalhar com um produto mais elaborado para justificar a cobrança de um valor diferente. Além de buscar um posicionamento diferenciado também, pq não quero copiar ninguém. Apesar de a minha inspiração ter vindo deles.

Só que mesmo cobrando um valor maior, no meu plano financeiro eu vou precisar vender MUITTAAAA esfiha para começar a ganhar algum dinheiro. E eu não estou conseguindo projetar um número de venda realista. Estou fazendo simulações que não sei se são factíveis. Também não sei qual a quantidade média de esfihas por pedido

Alguém teria um estudo sobre isso ou mesmo uma experência para me passar?

Desculpem se fiz um questionamento já existente, mas estou conectado nesse forum todo dia e não encontrei nada concreto.

Obrigado!

Pablo

Pablo, a melhor coisa que você tem a fazer é colocar pizza com esfirras para nao ter problemas porque será quase impossível concorrer em preço com o habibs

Grande Ponquio, obrigado pela resposta!

Mas a questão de inserir a pizza no mix de produtos não vem muito ao caso. São n os motivos.

O principal deles é que aqui em Brasília quem liga pra uma pizzaria vai pedir pizza. Motivo pelo qual não existe pizzaria aqui que trabalhe com os dois produtos. Creio que seja uma questão cultural.

Outro motivo é que pizzaria aqui tem uma em cada esquina de todas as qualidades, a todos os preços. Sem precisar pensar muito, eu consigo enumerar umas 15 e dentre essas, pizzas famozíssimas na cidade. Isso me desestimula totalmente a atuar no segmento, muito embora eu saiba fazer pizza muito bem, modéstia a parte. Não estou afim de entrar num mercado tão concorrido e com uma fatia significativa dominada por excelentes empresas.

Meu foco é buscar a diferenciação. E no caso da minha praça a esfiha é sim um produto diferenciado. Como disse anteriormente, apenas o habib's atua, bem como outras poucas casas de culinária árabe (que não trabalham com delivery).

Talvez eu tenha me expressado mal, mas quando mencionei o habib's como referência quis dizer que ele é o único balizador que tenho e que este balizador não me serve justamente pelo poderio que ele dispõe.

Eu sinceramente nem cogito concorrer com ele, mesmo porque não tem habib's no bairro que eu atuarei. Conheço um franqueado da região que informou que não há previsão para a vinda da rede para cá.

Essa é a oportunidade de eu ingressar. Sobre o preço, já estou certo de praticar valores mais altos. Pelo muito que li nas inúmeras discussões sobre preço de venda, não será isso que me atrapalhará se eu obviamente primar pela qualidade.

A grande questão está na projeção de venda, pois mesmo com valor mais alto, nominalmente o preço de uma esfiha é baixo. Percentualmente, a margem é alta, mas esse percentual corresponde a centavos, R$ 1,00, R$ 1,50 no máximo.

Dessa forma, projetar as venda pela unidade assusta. É muita esfiha para você fazer 5 mil reais, por exemplo. Por outro lado, diferentemente da pizza, quem pede esfiha não pede uma ou duas. E é esse número que preciso saber? Para projetar minhas vendas por entrega.

Quem trabalha com esfiha deve ter essa média.

Abraços!

Pablo, partilho da mesma opinião do Ponquio, insira a pizza, no seu plano de negócios. E lembre-se da venda dos conjugados ou de conveniência que muitas vezes não estimamos , mas ajudam a pagar o custo operacional( sobremesas, refrigerantes, sucos, bebidas).

Quanto a estimar os números, não é tarefa muito fácil, aprendi que papel aceita tudo, o melhor mesmo é por a cara na rua e pesquisar, ver demanda local, se há concorrentes por perto seus pontos fortes e fracos, intersecção de entrega concorrente na região (isso dá para ter uma ideia com a panfletagem que chega).

Posso estar chovendo no molhado mas sembre gosto de lembrar aos amigos que preciso mapear os "Ps" no negócio:

Publico alvo: a quem se destina seu produto, qual o poder aquisitivo

Ponto: localização, acesso, quem passa por ele, custo, ambiente se é ideal ou necessitará de investimento.

Produto: O que será oferecido em função da demanda local

Preço: deve estar de acordo com seu público alvo, no entanto há a necessidade de se notar a concorrência, para não ficar muito fora do mercado.

Promoção: ver qual é o canal mais adequado para se publicar suas propagandas, se é só panfletagem, se haverá rádio local, carro de som, cartazes etc....

opa acho que mandei atrasado...

Pablo moro em uma cidade do interior de SP aqui o preço das esfihas abertas tem mais ou menos um padrão: tradicionais 2,50 (carne, queijo, calabresa) especiais e doces de 3,00 a 3,50 dependendo o bairro. há também as fechadas 4,00 (mas essas são super recheadas) taxa de entrega de 2,00 e pedido mínimo para isenção de 10 esfihas

Estimado Garcia,

Nunca é tarde... sua colocação é muito válida. Sobretudo no que se refere aos 4P's... Tenho formação em Marketing e atuo na área. Sem dúvida é muito importante equalizar esses elementos. Sobre os itens de conveniência, com certeza terei, porém estou estudando o que é melhor.
Para falar a verdade estou estudando esse negócio a quase 1 ano (claro
que agora com muito mais emprenho). Já montei e desmontei cardápio,
inseri e tirei itens.
Creio que agora estou chegando num formato certo.A informação que me passaste sobre o que ocorre na sua cidade é que é o "buzilis"!! É disso que preciso!!!
Você tem noção de quantos habitantes tem a cidade?

Abraços e valeu mesmo!

A pizza do brunos da octogonal é maravilhosa ou era heheheh, o négocio é ter um mix de produtos para um ir salvando o outro dai você vai ter uma ideia de qual melhor carro chefe

Pablo, quando morava ai em Brasília, no serviço, sempre pedia esfirra do Talher Brasil, 305 Norte, mil vezes melhor que a do Habbis. Não sei se ainda tem, mas a 2 anos atras tinha uma casa de esfirra e sanduíches leves na Vicente Pires, acho que era na rua 5, perto da EPTG.

Concordo com o que foi colocado acima, apenas com esfirra, pelo menos no inicio vai ser complicado para você tocar.

abraço

Sérgio Eduardo

pablolima escreveu:Estimado Garcia,

Nunca é tarde... sua colocação é muito válida. Sobretudo no que se refere aos 4P's... Tenho formação em Marketing e atuo na área. Sem dúvida é muito importante equalizar esses elementos. Sobre os itens de conveniência, com certeza terei, porém estou estudando o que é melhor.
Para falar a verdade estou estudando esse negócio a quase 1 ano (claro
que agora com muito mais emprenho). Já montei e desmontei cardápio,
inseri e tirei itens.
Creio que agora estou chegando num formato certo.A informação que me passaste sobre o que ocorre na sua cidade é que é o "buzilis"!! É disso que preciso!!!
Você tem noção de quantos habitantes tem a cidade?

Abraços e valeu mesmo!

A nossa cidade aqui tem 75.000 habitantes

desimone escreveu:Pablo, quando morava ai em Brasília, no serviço, sempre pedia esfirra do Talher Brasil, 305 Norte, mil vezes melhor que a do Habbis. Não sei se ainda tem, mas a 2 anos atras tinha uma casa de esfirra e sanduíches leves na Vicente Pires, acho que era na rua 5, perto da EPTG.

Concordo com o que foi colocado acima, apenas com esfirra, pelo menos no inicio vai ser complicado para você tocar.

abraço

Sérgio Eduardo

Olá, Sergio!

Então... morei 20 anos na 205 norte. Pertinho do Talher Brasil (que fica na 306 e não na 305) Adorava a esfiha de lá. Aliás, eles foram os precursores da esfiha aberta aqui em BSB. Lembro-me que eles tinha um forno gigantesco que fazia MUITA esfiha por vez e mesmo assim eles não conseguiam acabar com a fila.

Pouco tempo depois, abriu o habib's na 506 (quase colado), no lugar do falecido Arby's. Quando isso aconteceu, o Talher Brasil (que tinha outra loja na 201 Sul) teve uma queda drástica no movimento das esfihas. Hoje sempre que estou lá por perto, almoço lá. Eles tem um self-service fantástico. Vendem pizza também, maz horrível. Sinceramente não sei se eles continuam vendendo esfiha e não vejo diferença de qualidade entre os dois.

Essa de Vicente Pires eu não conheço (ou conheci). É uma região que está crescendo muito, mas vejo a lojística do delivery lá muito complicada.

A melhor esfiha aberta de Brasília, na minha opinião é a do BSB GRILL. Mas eles não entregam.

Sobre a ampliação do mix, ainda estou cético, pois prefiro ser visto como especialista em algo no lugar de bom de maneira genérica. Mesmo assim continuarei estudando essa possibilidade.

Caso mais alguém tenha alguma informação relacionada à quantidade média de esfihas vão em um pedido, ficarei muito grato.

Abraços!!

Vicente Pires tanto abre como fecha em pouco tempo lojas la!

Pablo Lima,
Se você realmente acredita no negócio de esfirra , faça acontecer, se entregue de corpo e alma e com certeza , se tiver honestidade , claridade deus irá te iluminar para fazer a melhor esfirra de Brasilia, que sabe um dia que passar ai vou comer esta esfirra , boa sorte!!!

ponquio escreveu:Pablo Lima,
Se você realmente acredita no negócio de esfirra , faça acontecer, se entregue de corpo e alma e com certeza , se tiver honestidade , claridade deus irá te iluminar para fazer a melhor esfirra de Brasilia, que sabe um dia que passar ai vou comer esta esfirra , boa sorte!!!

Obrigado pela força Ponquio!

Olha... se depender de dedicação e principalmente estudo, vou deslanchar! Estou só esperando receber meu pagamento para comprar os DVD's daqui.

Comecei a idealizar esse negócio há mais de um ano. Como disse antes, tenho formação em marketing e a parte de planejamento estratégico e publicidade já estão praticamente fechadas (até marca eu já tenho). Estou agora lutando para refinar as receitas e desenvolver sabores que realmente seduzam o meu público (publicidade boa de produto ruim não vale de nada... muito perecível).

A única coisa que está pegando é a tal projeção de vendas. Estou com muito medo de ser otimista demais ou pessimista demais. Já fiz muita pesquisa, analisei a concorrência direta e indireta, conversei com empresários (uns te botam pra cima e outros te desestimulam totalmente).

De toda forma, decidi que vou trabalhar com base nos meus custos, definir o que eu preciso arrecadar para me manter e estipular uma meta. Assim é mais realista. Já tenho as informações de demanda, agora é trabalhar para trazer essa galera pra mim. Se me prender muito à teoria, nunca abrirei meu negócio.

É isso aí pessoal. Esse primeiro tópico que eu criei me valeu demais. Estarei sempre por aqui, alugando vocês. Mas creio que dentro de 90 dias eu já abri minha casa e terei mais conteúdo para compartilhar.

Abrax!

Boa sorte nos novos negócios
Pablo! Eu também atuei bastante na área de marketing e promoção, e como você, ensaiei por três anos antes de por a cara no mercado. Aqui no interiorde SP é um pouco mais difícil em comparação com cidades maiores, falta mão-de-obra e fornecedores em diversos produtos. Cada dia há um desafio, um aprendizado e muito muito trabalho, mas nada paga trabalhar no que gosta. Vale a pena!

Um grande abraço!

hgarcia escreveu:Boa sorte nos novos negócios
Pablo! Eu também atuei bastante na área de marketing e promoção, e como você, ensaiei por três anos antes de por a cara no mercado. Aqui no interiorde SP é um pouco mais difícil em comparação com cidades maiores, falta mão-de-obra e fornecedores em diversos produtos. Cada dia há um desafio, um aprendizado e muito muito trabalho, mas nada paga trabalhar no que gosta. Vale a pena!

Um grande abraço!

Obrigado Heitor!

Mas não se iluda... As dificuldades que você vive aí são exatamente as mesmas que temos aqui. Em Brasília (e que conhece pode confirmar), falta tudo, desde fornecedor a mão-de-obra. As pessoas são criadas para ser concursadas e trabalhar para o GOV.
São muito poucos fornecedores e dependebdo do ramo de atividade, são péssimos. Acho que essa é uma realidade do Brasil, com poucas exceções (Boa parte de SP, RS e MG). O resto é se vira nos trinta.

A vantagem daqui é a quantidade de atacadistas.

Abrax e depois volto pra contar a minha saga!