Assunto Bacana Parte 1

Na Dídio Pizza, motoqueiros que param na calçada não ganham emprego e canditados com filho sãom bem-vindos. Com receita inusitada, a rede reduziu o número de faltas e reclamações

Como vários empresários, Elídio Biazini, dono da Dídio Pizza, rede paulista de franquia de pizzarias delivery, já enfrentou muita dor de cabeça com faltas de empregados. 'Muitos não apareciam justamente no sábado à noite, quando eu mais precisava da equipe', conta. A alta rotatividade também atrapalhava o negócio. Mal dava tempo para treinar o pessoal e a debandada começava. Os entregadores trabalhavam 90 dias em média. Pouco mudava entre as funcionárias responsáveis pelo atendimento telefônico. 'Elas ficavam oito meses - período suficiente para requerer o seguro-desemprego - e pediam as contas.' Mas as coisas mudaram. Desde 2003, o tempo médio de casa saltou para três anos entre as 28 atendentes, e para um ano e meio entre os 56 motoqueiros da rede. 'As faltas praticamente zeraram', diz Biazini.
O feito é em grande parte resultado de uma aposta inusitada, iniciada há cinco anos: a contratação de mais pessoas com filhos. Atualmente, 95% das tomadoras de pedidos da rede são mães e 70% dos entregadores, pais, em comparação com a maioria sem família dos velhos tempos. 'Por ter crianças para sustentar, eles são muito mais responsáveis no trabalho', avalia o empreendedor. Integram seu time gente como a atendente Lilian Costa, separada e mãe de Larissa, 4 anos, e de Andrew, 3. Há um ano e meio na empresa, ela diz que só faltou uma vez. Segundo a especialista Mônica Marami, da consultoria de RH Across, casos assim são comuns. 'Alguns empregadores ainda se assustam com a maternidade. Mas é preciso lembrar que muitas mulheres hoje são chefes de família e até mais comprometidas com o emprego que as colegas sem filhos.'

Satisfeito com os resultados, Biazini afirma que suas contratações nunca lhe renderam problemas jurídicos. Mas, para quem pensa em adotar a prática, vale o alerta: a lei proíbe discriminar candidatos a emprego por conta de fatores como estado civil ou tamanho da família. 'Quem anunciar uma vaga só para casados ou solteiros corre o risco de ser processado', adverte a advogada trabalhista do escritório Pinheiro Neto Advogados, Renata Husek.

Peneirada Na contratação dos entregadores, Biazini recorre a outros critérios um tanto heterodoxos. Quem estaciona a moto na calçada está fora do páreo. 'Não quero associar minha marca ao tipo de motoqueiro que atrapalha a vida dos outros.' Os cuidados no recrutamento, também iniciados em 2003, deram resultado. 'Nunca mais ninguém ligou dizendo que os meninos chutaram o portão ou gritaram com o cachorro.' Depois de contratados, os motoqueiros passam por um treinamento. Durante 15 dias, acompanham a tomada dos pedidos. Ouvem, por exemplo, clientes solicitando que não buzinem porque há um bebê dormindo. Robson Pazinato, chefe da equipe dos motoqueiros, pai de dois filhos, aprova o procedimento. 'A gente se esforça para atender às observações porque sabe que têm razão de ser', diz.
Depois de entregar as pizzas, Pazinato e seus colegas encarregam-se de outra tarefa: levar sugestões dos consumidores aos ouvidos de Biazini. Graças aos recados, o empresário pôde, por exemplo, providenciar a substituição das embalagens. Um dos clientes havia reclamado da qualidade do papel. Mais um sinal de que, com criatividade, sempre é possível encontrar formas de ouvir o público.

Muito bom.Deve ser por isso que ele vende muita pizza.
Ih,tô falando igual ao Sergio.Isso pega.

Muito legal Alessandro!

Valeu!

Abs

Isa

Valeu pessoal,

Se deu certo para uns, pode dar certo para outros. É só uma questão de divulgação e colaboração.

Abraços

Muito bom Alessando,
nota-se que sua atitude não está direcionada somente para o lucro fácil e rápido e sim , preocupar-se em atender bem com qualidade, consolidando uma clientela fiel.

Parabéns !!!

Gustavo.

Alessandro,

conheço o Biazini da associação Unidas.

Posso te dizer que ele é um grande empresário do ramo das redondas e sua rede de franquias está crescendo a todo vapor.

Outra coisa que não está no texto e que ele trabalha com 100% de registro em carteira, o que com certeza, diminui muito o turn-over dos funcionários.

Abs